Pensei, analisei vários artigos e refleti muito antes de
escrever sobre esse tema, então, segue minha opinião sobre a tão discutida
cultura do estupro.
Antes de escrever sobre esse assunto, vamos recapitular o
porquê da discussão está tão em evidencia.

Antes de discorre sobre o tema é necessário definir
alguns conceitos, segundo o antropólogo
Edward B. Tylor, cultura é todo aquele complexo que inclui os conhecimentos,
crenças, artes, moral, leis, costumes e todos os outros hábitos e capacidades
adquiridos pelo homem como membro da sociedade. Assim, podemos definir então
que cultura é um conjunto de ideias, comportamentos e praticas da sociedade,
adquiridos de geração em geração por meio da convivência social. De acordo com o
código penal Brasileiro, estupro é Constranger
alguém, mediante violência ou grave ameaça, a ter conjunção carnal ou a
praticar ou permitir que com ele se pratique outro ato libidinoso. Então,
após se ter a definição de cultura e estupro, podemos então analisar o termo cultura
do estupro e construir uma opinião.
Algumas pesquisa apontam que no Brasil a cada 11 minutos,
uma mulher sofre abuso sexual, apenas 35% desses casos são denunciados. Diante
dessa realidade, querendo ou não, ainda existe muita desinformação na sociedade
quanto as formas de denuncias e o respaldo legal que as vitimas tem, falta
informação e orientação junto a população.
Porém o que me causa desconforto é ver que debates sobre
estupro são sazonais e oportunos, somente quando um caso vem à tona é que surge movimentos em defesa da mulher,
voraz como um leão para aparecer na mídia e oportunistas como abutres
estraçalhando uma carcaça de uma animal abandonado, o que questiono é: Por que
somente nessas horas é que tais movimentos resolvem aparecer? Por que esse tema
não é discutido contidamente na sociedade em busca de soluções? Existe cultura
do estupro ou oportunismo midiático?
Bem, o que me leva a ser critico em relação a esse tema é
que se existe cultura do estupro no Brasil, só se configura quando o ato já foi
consumado, ai algumas figuras resolvem aparecer para “defender’’ a mulher e
gritar aos quatros cantos que vivemos uma cultura do estupro”, eu repudio
qualquer forma de violência contra a mulher, abuso sexual, para mim é um
absurdo monstruoso, quando uma mulher sofrer esse tipo de violência, sequelas
físicas e psicológicas perduram sobre ela, às vezes nunca são superadas. Precisamos
proteger a mulher desde sua concepção, pois se trata de uma das mais belas criação
de Deus, delicada e com essência no amor e proteção à família. O que não
podemos é banalizar
um assunto tão importante e usa-lo somente para se promover.
Quando se afirma que existe uma cultura, estamos
afirmando que todo um povo ou sua grande maioria pensa e age assim, o que não é
a realidade aqui no Brasil quanto ao estupro, o que falta são informações a
sociedade e punição significativa aos que cometem esse tipo de crime. Por mais
que uma sociedade seja conservadora e preze por padrões de moralidade sexuais
consideradas fora de moda, ninguém aceita um estupro como natural ou que
ocorreu porque a vitima facilitou, uma coisa é você comenta que tal fato
poderia ter sido evitado se alguns comportamentos fossem diferentes, outra
coisa, é dizer que a vitima mereceu sofre uma brutalidade como o estupro por
comporta-se de tal maneira. Vejo que uma minoria na sociedade pensa assim mas
grande parte da mídia e formadores de opinião usam essa minoria para se
promover em cima do assunto, tornando uma ideologia totalitária de cultura do
estupro.
O que precisamos não é bombardear a sociedade com
noticias sazonais sobre a cultura do estupro, mas sim, torna isso um debate em
todos os âmbitos da sociedade e instancias de poder, buscando medidas que
acabem com essa pratica, proporcionando punições exemplares para extinguir por
completo essa violência contra a mulher, além de medidas preventivas e
educacionais, nas escolas, na comunidade, com o intuito de conscientizar a
população e orientar a não praticar tal
violência. Em fim, chega de oportunismo, vamos agir continuamente em busca de
nossos direitos em defesa da nossa família, chega de
hipocrisia e oportunismo, o que precisamos é de medidas reais e concreta.